terça-feira, 23 de setembro de 2008

Figura faérica do não ser

Entristece-se coragem!
Configura toda depressão vestida.
Diminui meu palpitar teu. Reconstrói
A era da lua. Igreja de escuridão.

Passando minha carne em
Respiro teu. Regurgita-me. Desnuda
Este meu pudor com a capa
Bela que deixaste. Batalhas futuras.

Tome seu tempo coragem!
Soltas lagrimas de alegria
Reanimam-se belas e furiosas.
Sonho negro que refresca.

Que odeia.
Tristeza...


Por Felipe Consentino
www.coisasqueeuodeio.wordpress.com

domingo, 7 de setembro de 2008

Desfigura sólida do ser

Alegra-te medo!
Desfigura toda saliência desnuda. 
Acelera teu pulsar meu. Dilacera
o tempo do sol. Templo de luz.

Transpassa tua essência na
pele minha. Devora-me. Veste
este teu despudor com o manto
vil que carregas. Relutas passadas.

Apressa-te medo!
Retrações dos sorrisos flagelados
desfalecem podres e brandos.
Pesadelo branco que queima.

Que ama.
Alegra-te...
 

A dança, a Deus(a)

É lindo seu bailar.
Reluta entre linhas
A incerteza de seu eu.

Ela dança e seus cabelos espalham
um doce aroma cítrico. Sorri, doce.
Balança seu corpo levemente.
Olhos pintados, boca cor-de-uva. 

Não precisa temer, 
a solidão já é tua 
melhor companhia.

Ele a olha, como pela primeira vez.
Como quem não acredita que possui.
A ama enlouquecidamente e deseja.
Como homem cego e louco. Como anjo.

Não precisa explicar
a fonte de toda tua dor
Doce menina-menino. 

Não precisa fugir. Esperança para os anjos 
perdidos na noite fria. Longas horas em si. 
Pequena, jamais se esqueça que és vida.
Somos exatamente iguais. Pequenos.


Luna

Perdidos no espaço
Soltos em retalhos
Frágeis....
Sucumbimos pela luz.

Outono vasto outono.
Destinado ar.  Dor.
Leves...
Outro lado do encontro.

Longa nuvem azul
É lenço rosa-cetim
Memórias... 
sujas. 

Lembranças nossas.