segunda-feira, 30 de março de 2009

Fragmentos

Ouço fragmentos de conversas
Saindo de bocas sem rostos
De rostos sem nomes
De vidas por demais diversas

Vejo sorrisos, lagrimas e flertes
Passando apressados por mim
Vindo e indo para o limbo
Formigas apressadas e contentes

Seres que nunca falam comigo
Absortos em seu proprio mundo
Vivendo o acaso do encontro
Procurando rostos vazios e amigos

Nessa cacofonia sonora
Me perco em meus pensamentos
Procurando refugio para minha sanidade
Antes que ela sucumba à essa cidade.

Por Anônimo. (Um visitante convidado)

sábado, 28 de março de 2009

Pequena,

tua ira é necessária e precisa. Libertemo-nos das blasfêmias expostas sem planejamento. Das conversas e do vomito cru. Ferida do eterno. Mágoas.

tua impaciência é devida as bobagens humanas. Parte esta tão sua, tão carne, tão perpétua. A luta pelo descontrole é pura pequenez. Espalha tua aurora.

teus amores assemelham-se ao doce som da vida. Ao dançar vem-lhe o cansaço das respirações ofegantes e dos sussurros rocos ao deitar. Essas intimidades, atemporâneas.

terça-feira, 10 de março de 2009

Quinze de Maio

Escrevo-lhe uma carta que sufoca-me.
Com fragmentos do meu eu dilacerado.
Despe minh'alma feito verme a rastejar
Atrevi-me a crer, você leria em silêncio.

Escrevo uma canção para difamar o elo
de escravidão. Esta vil apodera-se dos
silênciosos gemidos de amor para então
devorar-lhe até a última gota de sangue.

Escrevo-lhe essa carta sussurando flores
moídas ao breu de Oasis. Respirando faz
carolas levianas saudosas e assombradas
a secar. Sem nectar e sem veia. É ontem.

Escrevo-te essa canção porque sim e não.
E renuncio a mim, deliciando minha seiva
descaracterização do ser, auto humilhação
Receba o lixo que sou.  A minha dissecação