Sentei no banco de madeira que ficava no meio do gramado. Queria descansar de todas as dores que algum dia senti. Deixei que o tempo passasse. O sol caminhava em partida quando tirei minha sapatilha:
- É como se elas já não me servissem mais.
Levantei os olhos soltando o peso da cabeça. Assim fiquei por outro longo período. Queria descobrir minha respiração sem perceber seu ritmo ou intensidade. Só queria sentir o tempo passar:
- É como se eu buscasse o céu.
Sorri para uma criança que pulava descalça, livre em seu vestido branco. Experimentei toda felicidade do mundo quando ela sorriu de volta para mim. É como se pudesse olhar para o espelho do passado, pensei.