domingo, 7 de setembro de 2008

A dança, a Deus(a)

É lindo seu bailar.
Reluta entre linhas
A incerteza de seu eu.

Ela dança e seus cabelos espalham
um doce aroma cítrico. Sorri, doce.
Balança seu corpo levemente.
Olhos pintados, boca cor-de-uva. 

Não precisa temer, 
a solidão já é tua 
melhor companhia.

Ele a olha, como pela primeira vez.
Como quem não acredita que possui.
A ama enlouquecidamente e deseja.
Como homem cego e louco. Como anjo.

Não precisa explicar
a fonte de toda tua dor
Doce menina-menino. 

Não precisa fugir. Esperança para os anjos 
perdidos na noite fria. Longas horas em si. 
Pequena, jamais se esqueça que és vida.
Somos exatamente iguais. Pequenos.


3 comentários:

  1. que bonito.
    que bonito.
    é...bonito!

    Parece conto. Parece texto de monólogo. É filosofia! E metafísica! E vamos todos nadar nas nuvens metálicas de papel!

    Não, não tem sentido.
    E que vida tem?

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