terça-feira, 10 de março de 2009

Quinze de Maio

Escrevo-lhe uma carta que sufoca-me.
Com fragmentos do meu eu dilacerado.
Despe minh'alma feito verme a rastejar
Atrevi-me a crer, você leria em silêncio.

Escrevo uma canção para difamar o elo
de escravidão. Esta vil apodera-se dos
silênciosos gemidos de amor para então
devorar-lhe até a última gota de sangue.

Escrevo-lhe essa carta sussurando flores
moídas ao breu de Oasis. Respirando faz
carolas levianas saudosas e assombradas
a secar. Sem nectar e sem veia. É ontem.

Escrevo-te essa canção porque sim e não.
E renuncio a mim, deliciando minha seiva
descaracterização do ser, auto humilhação
Receba o lixo que sou.  A minha dissecação
 

5 comentários:

  1. Deixe-me levá-la pela mão menina
    Feche seus olhos, sinta o calor do meu toque
    Caminhe ao meu lado, vamos dar uma volta
    Não tenha medo, não lhe farei mal

    Vamos passear pelo luar, sentir sua luz fria
    Iremos aonde as sombras não podem ir
    Correremos por campos desertos
    Não tenha medo, eu lhe protejo

    Molhe seus pés na água, sinta-a lhe envolvendo
    Assim como o abraço de um amante
    Iremos voar junto as estrelas
    Não tenha medo, você não cairá

    Abra os olhos garota, o que você vê?
    Essa é sua vida? Ou é um reflexo do que poderia ser?
    Do que tem medo? Por que não se deixa levar?
    Não tenha medo, você ainda está no controle.

    Sinta meu calor, corra comigo
    Entregue-se à vida, quebre as amarras
    Farte-se de sentimentos, sonhe alto
    Acorde, a viagem acabou.

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  2. Receba o lixo que és? Quanta ironia, quanto amor e odio em apenas um grupo de estrofes.

    Parabéns, gostei do blog.
    Bjo

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  3. Uma garota num mundo de sonhos não é tudo o que temos para ver. Você se abaixa. Há sangue em suas mãos, mas flores nascem dos seus pés.

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Invejo os que sabem lidar com a poesia.

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