Estava ali, no marrom sujo de uma mesa fria, nú. Tão límpido quanto a neve, tão fresco quanto a primeira gota de orvalho da manhã. Ansiava com prontidão receber o líquido rubro do mel que o coloriria. As farpas dançavam, como verdadeiras manhãs cinzas olivas em busca de respingos recusados pela nudez. Longe, nas madeiras limpas e brilhantes repousavam olhos curiosos e excitados. Desejavam a valsa projetada por seus outros mesmos pés. Silêncio. O maestro aproxima-se. Deliberadamente esfrega os pêlos no néctar negro e aguado, em cima da madeireira fina e pragmática. Embebido seus desejos, aproxima-se em cima do desavergonhado.
Treme....
um pingo,
dois.
derrama-se.
Depois vem falar de mim.
ResponderExcluirEsse é nebuloso. Falando e não dizendo, o oposto do silêncio nu, mas do mesmo jeito. Ah, esse segredo que queríamos expostos em praça pública...
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