Entrou, tirou os sapatos e caminhou até o quarto escuro, quente e abafado. Jogou sua mochila no chão e deparou-se com um bilhete amassado em cima da cama.
"A pedra não é só pedra por ser pedra. A pedra é pedra, porque é pedra. E uma vez sendo pedra, sempre pedra será."
A janela estava fechada.
Ela então, abriu a janela e sentou-se próxima as estrelas.
Seria ela, pedra?
É um texto muito pesado. Duro. E dolorido. Mas é incrível como na secura das pedras, a sua delicadeza genuína não se perde. Você está sempre sentada próxima às estrelas.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEsse texto me lembrou Drummond em "No meio do caminho" e um fato interessante sobre esse texto. Minha professora de português na época, a qual não recordo o nome, disse que em um ano desses uma universidade federal tinha utilizado o texto e perguntou o seu significado. A resposta padrão era que o poema "falava sobre as dificuldades da vida". Diversos alunos discordaram com essa ideia. O próprio autor foi chamado pra dar explicações. E ele falou que o verdadeiro significado do texto era que aquela pedra era apenas uma pedra mesmo. E nada demais.
ResponderExcluirSeu texto me fez recordar o de Drummond e veio de encontro com vários pensamentos. Parabéns e continue assim! ;). *errei o outro*