domingo, 18 de abril de 2010

Vagalume, vagalume...

Tem seu lugar ao sol que não é amarelo. É verde e marrom, como a flora que colore teu olhar cintilante borboleta. Sussurra desenhos em seu voo, construindo poesia, flutuando entre devaneios dos mesmos novos campos. São as palavras, tuas asas. E como se ontem tivesse morado em um casulo, decidiu-se conhecer o mundo. Você ama e sente medo. Resolveu deitar-se na pedra mais brilhante, ainda que ela estivesse no fundo de um rio. Ao longe, sorri como se compartilhasse segredos. Espelha-se ao outro a ponto de tornar-se sua ternura. Seu carinho. É como se toda a natureza tornasse invisível. E te dói. As asas molhadas já não te deixam voar.

Um comentário:

  1. Estou nu. Nu como nunca estive no meu silêncio. As asas são também suas. Molhadas ou não.

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